Rindo de Mim


(Lukasun)


 
Inebria a volúpia na alma cheia de canções
Melodias vãs de quem já não mais as ouve
Por querer mesmo que pudesse
E aquele seu sorriso não se cansa num único movimento
Vivamente lembrando os fortuitos momentos que pudera parecer.
A luz passando em flashes violeta aos poucos esmaecendo
Caindo lúgubre sobre o tampo de Angelim
Mudando a forma de seu sorriso
Filtrada em formas matematicamente calculadas
Da minha falta de jeito de pensar que apenas o sorriso é verdadeiro.
Brilhando invadindo as sombras de meus recônditos.






Permeia meus espaços
Dilui-se e reaparece sem se transformar de per si
Parando o movimento, eternizando as falas,
Sorrindo minha chorosa alma
Lembrando que aquele movimento era vivo
E vivo permanece apesar da lancinante mentira que representa.
Mas em algum momento, de um instante, de horas antes
Pode ter sido tão mágico como sonhei seu signo
E como um selo ou um lacre de um rei bobo
Derrete sob a sombra do tempo que se esvai
Enfunado pelo replicar frenético dos dias .
O sorriso fica ali (pra quê?), agora, prendendo-me...
Subvertendo-me o juízo e o orgulho
Tornando-me inimigo de mim mesmo
Eu resisto antes de desistir completamente.


 

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