PERDAS E DESCOBERTAS

PERDAS E DESCOBERTAS
Lukasan


Eu te sinto vez em quando ainda
Mesmo quando evito e fujo de lembranças incômodas
Quando as estradas engolem minhas rodas
O tempo perde para o espaço
Tudo fica vago e frio como as palavras últimas
Não sei o que vivia nem o que sentia
Mas não era de vida nosso sonho escasso

Os limites eram vales e colinas
Os vales eram regados à falta do que pensar
Não era  uma única música, mas tantas
Que entendias como partes coladas em nós
Como a chuva que lavava os pensamentos
De não me entregar vencido ao que cantas
Sem desligar da falta de ilusões
Só de realidades e de sonhos vivos

Você contra a luz..a luz nem sempre contra
De lado, de cima, de baixo... Debaixo
Pés graciosos pisando minha vida
Uma Pedrita se confundindo com os raios que entravam
Da réstia de vida que se expandiu e tomou conta
A dependência não era indiferente nem preconcebida
Era das que assustam e que a gente se debate
E mais se perfuma e mais se envolve
É como a falta que incompleta e aponta
É como a poesia que escorre dentre os dedos
Para quem tenta agarrá-la sem luvas
E de coração frio.

Ficou parado no meio?
Achou o fim da estrada?
Pensava que podia viver sem
Já era tarde porem. 

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