Café VERDE???










A expressão "café-verde" usada pelos comerciantes mundiais de café causam alguma confusão (proposital?).
 Embora muitos aproveitem essa expressão para justificar um regime mais curto na produção do fruto e suprir, principalmente o mercado interno com uma produção mais barato, talvez para compensar o árduo trabalho de cultivo e comercialização das safras, o café mais verde possui muito tanino o que o deixa adstringente e piora muito o sabor, que é compensado com adição de açúcar. Por isso o café tomado de maneira geral aqui no Brasil é sempre tão doce.
Na maioria dos países, o café é apreciado  com pouco ou nenhum açúcar.
A maior referência no mundo é Itália, que inventou o café espresso(de café prensado). Aqui até mesmo o corretor ortográfico do world erra. É café ESPRESSO mesmo, com “S” e não X. O café é espremido e não expresso de rápido. Mesmo porquê, normalmente ele é moído, prensado e a água quente é forçada com uma pressão de cerca de 8 bars o que extrai todo o sabor e concentrando todos os componentes benéficos intensificando o prazer de se tomar um café. 
Hoje tem uma inúmera quantidade de máquinas de espresso, desde as manuais até as totalmente automatizadas e com várias funções. Muitas dessas máquinas foram reduzidas e adaptadas para uso doméstico com boa qualidade.
Não sei se por acaso ou intencionalmente, começaram o rolar boatos de que o café verde é medicinal. Talvez para induzirem as pessoas a aceitarem que o café verde é melhor mesmo que o sabor não seja o esperado.
Para se obter um produto de qualidade, o café deve ser colhido maduro, isto é, na fase cereja. E a qualidade é baseada na quantidade de frutos que alcançam esse estado uniformemente tal que todos o frutos amadureçam ( ou fiquem de vez ) ao mesmo tempo (como o Conilon), no momento a capturar o sabor mais intenso e agradável. Existem vários tipos de café, como descrevi anteriormente.  O grande problema é que há uma tendência do fruto cair do pé a medida que amadurece. Portando, colher café é uma tarefa complexa, com várias etapas e que requer mão de obra em quantidade e qualidade.  Embora o uso de colhedeiras automáticas tenha se difundido, a grande dificuldade é usar uma que não provoque a queda do grão maduro e quebra na quantidade colhida. A tecnologia tem fornecido as respostas e a competitividade voltou a subir. Embora não corresponda em percentual de tonelada ao produto mais exportado do país ele ainda tem um grande valor agregado.

“Entre as culturas acompanhadas, as que registram crescimento anual na renda foram: algodão (26,34%), arroz (3,56%), banana (33,89%), cacau (46,52%), café (13,96%), fumo (0,11%), laranja (44,90%), mandioca (0,69%), soja (7,46%), trigo (24,60%) e uva (4,46%). Para arroz, banana, cacau, café, laranja, soja e uva os cenários foram de alta tanto em preços quanto em produção. As demais atividades se expandiram a partir da maior quantidade produzida, dado que os preços estão em patamar inferior. Apenas para o café o resultado positivo vincula-se a cotações superiores (valorização de 24% no preço no mercado internacional do ano passado). “
 CEPEA- CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM ECONOMIA APLICADA    )




Comentários