Lukasun
Não
há como enfiar consciência em quem não a tem. Não existe maneira fácil de
ficar-se livre da influência malévola da falta de caráter e da arrogância dos
que controlam os botões e alavancas das máquinas públicas. Principalmente dos
que se arvoram da certeza de que não existe um método honesto de servir a
pátria sofrida e relegada aos programas periféricos mal acabados cujo
planejamento não sobrevive a uma ou duas legislações.
Do
mesmo modo não há como desconectar as teorias fatalistas que são jogadas nas
caras das pessoas como metodologias incontestes. Há muito tempo que deixamos de
pensar justificando uma meia dúzia de ideias e teorias amarradas em princípios que
dependeriam tão somente de entes mágicos e divinos mas que não encontra além de
pessoas carismáticas ou não que usam um discurso fácil para arrebanhar hordas de
militantes cegos, surdos e mudos ao que os cerca.
Cuidado!
Eles vão falar exatamente o que você quer ouvir. E vão usar números e
estatísticas vazias e direcionadas pelas poderosas ferramentas de marketing,
muitas embasadas nas pesquisas feitas durante as guerras e encomendadas pelos
verdadeiros imperadores do mundo.
A
própria balela de acabar com a fome do mundo que usam, às custas de bem ou mal
intencionadas ONGS e outras organizações que sacrificam pessoas em nome de uma
bem justificada abnegação em ajudar aos famintos e miseráveis do mundo.
Oras,
Já aprendemos a plantar no deserto. Já
conseguimos criar alimentos resistentes às pragas, e de fácil cultivo. Já
conseguimos produtos industrializados ou não que facilitam a absorção de
nutrientes por organismos debilitados fazendo verdadeiros milagres.
No
meio de tudo isso, cruelmente, Estão os grupos radicais que em nome, justamente
do povo oprimido, oprime ainda mais e usam até mesmo o Deus da paz e do amor
como justificativa para os seus atos covardes e desumanos. Destilam o seu ódio
letal contra os que não lhe servem como a deuses donos do destino, da vida e da
morte.
Isso
tudo para a alegria e prosperidade daqueles que usam as tecnologias
desenvolvidas, em nome dos famintos do mundo, para reduzir as quebras e os
custos de mão de obra nas diversas fases da produção de alimentos. E quando se
imagina que esse aumento de produção vai melhorar a vida dos famintos, o excesso
vira lixo e adubo para manutenção (justificável?!) dos lucros.
Falsas
políticas públicas, medidas populistas sem planos para a erradicação da verdadeira
miséria humana que é a arrogância e a presunção infinda da justificativa
radical da manutenção da miséria como força criadora de exércitos voluntários
de baixo custo e grande letalidade. Capazes de escudarem seus déspotas e até
mesmo amá-los. Uma espécie de síndrome de Estocolmo gigantesca.
Os
órgãos mundiais que, pretensamente, deveriam regular e impedir esses absurdos,
assistem de longe, complacentes, usando as teorias humanistas de forma distante
e, até mesmo, fria.
O
mundo patina e, aos poucos, vai se tornando um grande caldeirão em ebulição
cozinhando todos os povos em um grande mingau que poderá determinar a extinção
completa da raça humana. Enquanto madames e cavalheiros, bem intencionados,
usam palavras rebuscadas e tentam colocar todos no mesmo assado e acabam por
transferir os poderes de um opressor para o outro para dormir em paz sonhando
feliz em “como salvou o mundo da tirania”, fechando os olhos e os ouvidos às
injustiças e descalabros do atual justificadas por algum outro tipo de ódio extemporâneo
e igualmente insidioso.
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